Entendendo a recuperação após a cirurgia para a lesão em alça de balde do menisco
- Daniel Hidalgo

- há 5 dias
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A lesão em alça de balde é um tipo de ruptura do menisco em que um fragmento de cartilagem se desloca para o centro da articulação do joelho, podendo travar o movimento e causar dor intensa. Trata-se de uma lesão logitudinal extensa, que produz um fragmento instável chamado alça de balde. É mais comum no menisco interno do joelho, mas também pode ocorrer no menisco externo. Saiba mais sobre os meniscos do joelho aqui.

O tratamento cirúrgico é indicado na maioria dos casos e pode ser feito de duas formas principais: meniscectomia parcial, que é a retirada de parte do menisco, ou meniscorrafia, que é o reparo através da sutura meniscal.
A recuperação varia bastante conforme o tipo de procedimento realizado.
Reabilitação após meniscectomia parcial
Na meniscectomia parcial, apenas o fragmento lesionado, ou seja, a alça de balde, é removida, preservando o máximo possível do menisco saudável. A recuperação tende a ser mais rápida, pois não há grandes restrições após a cirurgia.
Etapas da recuperação
Primeiras semanas: o paciente é orientado a apoiar o pé no chão logo nos primeiros dias, conforme tolerar, e iniciar fisioterapia precocemente, muitas vezes até antes da alta hospitalar.
Entre 2 e 4 semanas: o derrame articular (inchaço) reduz, e paciente já consegue realizar movimentos mais amplos com o joelho.
Entre 4 e 6 semanas: o retorno às atividades de impacto leve (bicicleta, caminhada) é liberado.
Entre 6 e 8 semanas: muitos pacientes já estão aptos a voltar aos esportes, dependendo da evolução individual e do tipo de atividade.
Reabilitação após meniscorrafia (sutura meniscal)
Na meniscorrafia, o menisco é reparado por meio de pontos que permitem sua cicatrização na posição correta. Esse tipo de cirurgia preserva a função do menisco, mas exige uma reabilitação mais cuidadosa e prolongada.
Etapas da recuperação
Primeiras semanas: o paciente costuma receber a orientação de colocar o peso do corpo sobre o joelho operado conforme conseguir, usando um par de muletas caso seja necessário.
Primeiras 4 a 6 semanas: costuma ser necessária uma restrição da flexão do joelho, normalmente limitada até 90 graus, para proteger os pontos do menisco.
Entre 6 e 12 semanas: há uma liberação para que o paciente amplie progressivamente os ângulos de flexão do joelho e otimize o ganho de força muscular.
A partir de 3 meses: o paciente retoma atividades funcionais mais intensas, ainda sob orientação fisioterápica.
Entre 4 e 5 meses: o retorno completo aos esportes é possível, desde que a cicatrização esteja finalizada.
Neste tópico vale uma observação importante: as melhores pessoas para orientarem o que deve ser feito após a cirurgia são o médico que realizou o procedimento e o fisioterapeuta que está atuando na reabilitação. Alguns aspectos que influenciam nas restrições pós-operatórias devem ser levados em consideração nos casos de sutura do menisco, tais como o tipo de lesão, se há lesões associadas, entre outros. Portanto, siga as orientações do seu médico e do seu fisioterapeuta sempre, mas principalmente após uma cirurgia.
A importância da fisioterapia
Independentemente do tipo de cirurgia, a fisioterapia é fundamental para restaurar a amplitude de movimento, força e estabilidade do joelho, além de prevenir recidivas e outras lesões.
A discussão entre o médico e o fisioterapeuta também tem grande valor após o procedimento para que posíveis restrições sejam levadas em consideração e o paciente tenha o melhor desfecho possível após a lesão.
Em resumo
Recuperação rápida ⏱️ → meniscectomia parcial
Recuperação mais longa, porém com melhor preservação do joelho no longo prazo 💪 → meniscorrafia
Saiba mais
Publicado em conjunto com www.drdanielhidalgo.com.br.









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