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Vascularização dos meniscos do joelho: por que ela é tão importante?

  • Foto do escritor: Daniel Hidalgo
    Daniel Hidalgo
  • 20 de ago.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 24 de ago.

Quando falamos em saúde dos meniscos, não basta entender apenas sua forma e função. Um aspecto fundamental, e muitas vezes pouco lembrado, é a vascularização, ou seja, o suprimento de sangue que essas estruturas recebem. Essa característica influencia diretamente a capacidade de cicatrização após uma lesão e, por consequência, as opções de tratamento disponíveis.



Como é a vascularização dos meniscos?


Diferente de outros tecidos do corpo, os meniscos não recebem sangue em toda a sua extensão. Apenas a parte mais periférica é irrigada por pequenos ramos sanguíneos que chegam da cápsula articular e do tecido sinovial ao redor. Já a porção central e interna é praticamente avascular, ou seja, não recebe sangue, dependendo da difusão de nutrientes do líquido sinovial para se manter saudável.


Essa peculiaridade fez com que, ao longo dos anos, os especialistas dividissem os meniscos em três zonas vasculares:

  • Zona vermelha (ou vermelha-vermelha): Região mais externa e periférica, rica em vasos sanguíneos. Lesões nessa área têm maior chance de cicatrização espontânea ou de sucesso após uma sutura cirúrgica.

  • Zona vermelha-branca: Área intermediária, com irrigação parcial. A capacidade de cicatrização é limitada.

  • Zona branca (ou branca-branca): Região mais interna, sem irrigação direta. Lesões aqui dificilmente cicatrizam sozinhas, sendo necessário avaliar outras estratégias de tratamento.


Vascularização dos meniscos.


Impacto clínico da vascularização


A correlação entre a zona de vascularização e o tratamento é fundamental. As lesões que ocorrem nas zonas vascularizadas dos meniscos são candidatas a reparos ou suturas, com o objetivo de preservar o tecido meniscal.


Por outro lado, lesões em áreas com baixo suprimento sanguíneo, como a zona branca-branca, geralmente requerem a remoção do tecido danificado (meniscectomia parcial).


Atualmente, a preferência é a manutenção dos meniscos, contudo, há situações, como lesões em zonas não vascularizadas, que não há alternativa a não ser a retirada partcial do menisco.


Embora a meniscectomia alivie os sintomas, ela altera a biomecânica do joelho, o que pode aumentar o risco de desgaste articular a longo prazo.


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